Curiosidades

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Na Antiguidade Clássica, já se reconheciam qualidades nutritivas e energéticas do queijo, e, por isso, o alimento era rigorosamente incluído na dieta dos atletas, o que se confirma, também, pela descrição, feita por Homero, de uma bebida feita à base de queijo para curar guerreiros feridos em batalha.
Em Roma, no tempo da República, o café da manhã tipicamente romano continha pão, queijo e vinho para os homens; pão, queijo e leite para as mulheres e pão e leite para as crianças.
Desde o início dos setecentos, vê-se referência à criação de gado no Serro, conforme registro dos arquivos ultramarinhos.
O Conde de Valadares, em circular de 1772, ordenou ao Comandante do Tijuco que determinasse aos postos de fiscalização furar os queijos que passassem pelo registro para evitar contrabando de ouro e de diamante.
Segundo o monge François Rabelais, Pão, queijo e vinho formam a “Santíssima Trindade da Mesa”. Os três elementos são preparados com aplicação da técnica de fermentação.
O queijo é um alimento muito importante para todas as idades. Por ser uma fonte de proteínas, cálcio e vitamina B12, este alimento auxilia no desenvolvimento infantil, na prevenção de cáries e na prevenção à osteoporose. O cálcio que é contido no queijo é recomendado, também, nos regimes de emagrecimento, pois ajuda na eliminação de gorduras acumuladas.
A descoberta dos bolores azuis, segundo uma lenda francesa, deu-se quando um pastor deixou um queijo numa gruta de calcário durante sete dias, para seguir uma pastora pela qual havia se apaixonado. Quando ele voltou à gruta, o queijo havia modificado a textura, a cor e o sabor. Mais tarde, descobriu-se que a substância azul era a penicilina, responsável pelas modificações no queijo.
O Brasil, com uma produção anual de cerca de 375 mil toneladas de queijo sob inspeção fiscal, ocupa o terceiro lugar no cenário mundial, sendo superado apenas pelos Estados Unidos e União Européia.

COALHO

O coalho natural pode ser feito de brotos e cardos vegetais, de estômago seco de bezerro, cabrito ou tatu ou ainda de retículo de boi. 

O coalho natural animal era preparado da seguinte maneira:

• um animal preferentemente jovem (bezerro, tatu ou cabrito) era abatido, e o seu “bucho” (estômago) separado;

• do “bucho” separava-se a porção conhecida como “ coagulador” (a quarta parte do estômago, ou abomassum”), que era desdobrada em suas diversas camadas;

• sem sofrer nenhuma lavagem, aspecto primordial no processo, as dobras eram abundantemente salgadas;

• dobrava-se novamente e amarrava-se fortemente a peça com embiras, e os maços eram dependurados sobre o fogão, onde ficavam expostos semanas a fio.

• de acordo com a necessidade, o queijeiro ia cortando finas fatias, que eram colocadas no “pingo”. Este “pingo”, guardado, à parte, por semanas, era adicionado, em parcelas, ao leite, para provocar sua coagulação, num tempo médio de uma hora.

• quando o queijeiro percebia que aquele soro perdia gradativamente sua capacidade de coagulação, cortava novas fatias do “coagulador”, que eram imersas em um outro soro e assim o processo continuava ininterruptamente.