Entrevista - Altair Lins Pires
QUESTIONÁRIO: PERFIL DA ENTREVISTADA
Data: Belo Horizonte, 23/05/2003.
1. Nome Completo: Altair Lins Pires.
2. Idade: 75 anos.
3. Naturalidade: Serro – MG.
4. Grau de escolaridade: Eu fiz o antigo curso normal e lecionei durante uma temporada, antes de me casar, aqui em Belo Horizonte.
5. Qual a sua relação com o produtor? Sou viúva de Antônio Nunes Pires, fazendeiro tradicional de Serro.
6. Por que se dispôs a falar sobre o Queijo do Serro? Estou falando em atenção ao seu pedido e porque entendo que o queijo, além de um produto importante na região, era o meio de vida nosso. Além de tudo, o queijo tem, para a família, o valor de estimação. O nosso queijo era diferente. O queijo de hoje não é o mesmo, perdeu muito com a mudança de pastagem, substituída pela braquiária, e com a coalhada que eles põem agora e que tirou o gosto do queijo original. O queijo que era produzido tinha valor de estimação.
7. Com qual aspecto da sua vida, (família, profissão, cultura, etc...), se relaciona o Queijo do Serro? O queijo está relacionado à minha própria família, ao meio de vida na fazenda e a tudo.
8. Acha importante manter a tradição de queijo no Serro? Resgatar a tradição de queijo é muito importante, sim.
9. Já escreveu, produziu ou participou de algum acontecimento que favorecesse a produção de Queijos do Serro? Não.
10. Pode fazer alguma observação sobre as mãos dos queijeiros? Elas precisam de algum cuidado especial? O queijeiro tem que gostar do ofício. A mão pode ser do jeito que for, se o queijeiro não sentir, não viver a arte de preparar o produto, o queijo não sai bom.